Bem-vindos a análise do novo Tomb Raider, o reboot da franquia desenvolvido pela Crystal Dynamics. Será que ele fez jus ao seu nome? É o que veremos!
Normalmente, uma equipe de desenvolvimento de games tem de provar que é capaz de fazer um bom trabalho, mas o que acontece é, que a Crystal Dynamics não entra nesse quesito propriamente dito. Esse é o 5º Tomb Raider da desenvolvedora, desde que pegou os direitos do game em 2006, e de lá para cá já fez ótimos games da franquia, e que acaba não precisando de muitas introduções.
Acontece que Tomb Raider em si precisava de uma nova cara, e esse foi foco principal da Crystal Dinamycs para renascimento a franquia. E o centro dessa mudança é justamente o “renascimento” de Lara Croft.
A “nova” Lara pega algumas de suas características da antiga, exceto por ela ser mais humana e frágil agora, tanto que isso foi o ponto central da campanha de marketing do game. E não é para menos, ela passa por momentos brutais ao longo da campanha que muitos “homens” por aí sequer suportariam. A desenvolvedora focou nessa fragilidade de Lara e mostrou que ela é só mais uma humana, igual a todos nós, tanto em questão de machucados físicos quanto emocionais, diferente do que acontecia nos games antigos, onde ela estava mais para um James Bond em 007.
É claro que como consequência dessa mudança “humanitária”, temos também em sua aparência, sendo agora simplesmente uma mulher nova e atrativa, ao invés de parecer mais uma fantasia de desenho animado, como era em suas versões antigas.
É claro que como consequência dessa mudança “humanitária”, temos também em sua aparência, sendo agora simplesmente uma mulher nova e atrativa, ao invés de parecer mais uma fantasia de desenho animado, como era em suas versões antigas.
História:
A aventura se inicia com Lara em uma expedição com a equipe do navio Endurance procurando pela ilha perdida de Yamatai. Se encontrando com seus 20 e poucos anos e recentemente fora dos estudos, ela se encontra em sua primeira expedição arqueológica.
Contrariando o desejo do diretor que grava a expedição para a TV, James Withman, Lara discute com ele e diz que o melhor ponto para desembarque não é o que todos pensam, e sim no “Triângulo do Dragão”. Uma estreita faixa de mar onde muitos barcos e navios naufragam.
Navio Endurance |
O capitão, meio que um pai para Lara, Roth, segue seu conselho e ordena o desembarque no local sugerido por ela, mesmo contra os protestos de Withman e outros membros da equipe.
Lara estava certa, eles acham Yamatai, mas não antes de quebrarem o navio no meio e mal sobreviverem ao acidente. No entanto, a ilha não está vazia, pelo contrário, está lotada com membros de um culto, sobreviventes de décadas de náufrago na ilha. Agora Lara, que nunca enfrentou situações de vida ou morte, terá que ativar seus instintos para a sobrevivência e descobrir o porquê de o líder do culto ter tanta obsessão por Himiko, uma ancestral Japonesa que aparentemente controlava a ilha de Yamatai a muitos anos atrás.
Gameplay:
Quando você realmente começa a explorar a ilha, o jogo se divide em alguns estilos bem diferentes, mas que de certa forma combinam entre si. Lara consegue explorar diversos ambientes, correr atrás de alimento com o seu arco ou mesmo procurar por itens e tumbas escondidas. Ao mesmo tempo, ela consegue silenciosamente evitar diversos encontros com inimigos, mata-los de forma silenciosa ou mesmo ataca-los como se não houvesse amanhã. A troca de ataques com a I.A é uma mistura entre Uncharted e ação da própria franquia Tomb Raider.
Todas essas partes citadas são trabalhadas juntamente de maneira excelente. Uma parte da história pode virar de exploração e passos silenciosos para destruição e correria em um piscar de olhos, e essa transição ocorre de forma esplêndida, surpreendendo o jogador de maneira positiva.
Combate:
Falando um pouco sobre o combate no jogo, ele é muito bem balanceado nas suas 4 armas principais, que são elas a Shotgun, Arco, Pistola e Rifle automático, sendo que cada uma delas é melhor utilizada em partes específicas. Por exemplo, o arco é utilizado para as mais diversas situações, já a pistola (que pode ser adicionado um silenciador a ela) serve para situações com menos inimigos ou quando o interesse é mata-los de maneira silenciosa. O rifle é utilizado para ocasiões com mais inimigos e quando eles já sabem da sua existência, e a shotgun, é claro, foi feita para combates de perto onde a situação exige um abate rápido.
Tomb Raider é um dos poucos jogos vi, em que o sistema de "cover" funciona naturalmente. Você não precisa pressionar um botão para Lara se esconder atrás de um objeto, então não há motivo para se preocupar em ir para uma parede errada ou colocar sua cabeça para fora da cobertura por apertar um botão errado, por exemplo.
Quando uma situação de perigo é presenciado por Lara, ela automaticamente anda mais alerta, mais abaixada, e se esconde atrás de um objeto se você chegar perto dele, e quando for atirar ela procurar a melhor posição para tal, seja indo para a esquerda, direita, ou se levantando. Esse foi um dos pontos em que gostei bastante dentro do game.
Melhoria de abilidades:
Lara também encontra (ou faz) diversos acampamentos ao longo da jogatina, que servem como pontos de salvamento e melhoria de abilidades. Essas melhorias são à base de pontos, que você os consegue conforme vai ganhando experiência. Existem 3 “sets” de abilidades onde esses pontos podem ser colocados (sobrevivente, caçador, assassino). Cada um deles (como o próprio nome diz) foca em uma área específica.
Acampamento |
Abilidades |
Jogo de mundo aberto?
Tomb Raider não é um jogo "Open World" (mundo aberto). Ele tem sim alguns elementos desse quesito, pois as partes do jogo em que você se encontra podem ser exploradas a fim de achar tumbas, itens, etc. Mas sempre tem uma história linear em um caminho bem a frente de você. Isso certamente é um probleminha para os jogadores que gostam de realmente explorar o mapa, pois o próximo objetivo é claramente mostrado na tela, e normalmente ele é de vida ou morte, o que nos deixa curiosos de descobrir o que vem depois, deixando a pouca exploração muitas vezes de lado.
Mas é claro, que aqueles que se incomodam em explorar tumbas ou procurar itens, podem sem problema avançar de forma linear pela história e não devem ter problemas em finaliza-lo. Mas tem seus pontos positivos em fazer essa exploração. Lara pode customizar todas as suas armas conforme vai achando as peças adequadas para cada uma, e ganha também novas habilidades por matar os inimigos ou solucionando alguns puzzles, que estão principalmente presentes nas tumbas.
Violência no jogo:
Violência no jogo:
Tem motivos para ele ser avaliado em 17+ pela ESBR (órgão que define a idade mínima para um jogo). Em algumas partes você se surpreende com as mortes trágicas de Lara Croft caso você faça alguma coisa de errado. Não vou estragar comentando elas, mas garanto que se você já jogou, há de concordar comigo nesse quesito. Caso ainda não colocou as mãos no game, prepare-se para surpresas na hora da pobre Lara partir dessa vida.
Em adicional, o jogo não é violento só com Lara, mas com muitas partes da história também. Em vários momentos do game, é mostrado corpos em estado avançado de decomposição, assim como muito (muito mesmo) sangue, inclusive as vezes nadando nele.
Coitada da Lara, vai ficar pós-traumática depois de muitos eventos que acontecem. HaHa
Multiplayer
Pela primeira vez em Tomb Raider, um modo multiplayer lhe é adicionado. É basicamente um modo que contém de 2 a 8 jogadores com 4 tipos de modos de jogo. Sendo dois deles padrões em outros jogos, o Free-for-All (cada um por si), Team Deatchmatch (equipes), e mais dois que foram criados em Tomb Raider, o Rescue (resgate), que são duas equipes, uma delas, que são os Survivors, devem achar suprimentos médicos e leva-los de volta para a base, enquanto os Scavanger tentam impedir isso de acontecer. Outro modo, o Cry for Help (Pedido de socorro), os Survivors tem de ativar uma série de antenas espalhadas pelo mapa, enquanto impedem também de os Scavangers coletarem baterias que são deixadas pelos seus amigos mortos.Conforme você vai jogando, pontos de experiência são dados a você. Eles podem ser gastos na aparência do personagem, armas e upgrades para elas, ou mesmo perks (parecidos com os da franquia COD).
Conclusão:
A Crystal Dynamics mostrou claramente com Tomb Raider que nem todos os reboots são ruins. Desde o último game da franquia (2008) a desenvolvedora teve bastante tempo para nos entregar algo realmente bom e interessante, e com certeza o trabalho deles valeu a pena. Esse é um lançamento que mesmo em início de ano, deve entrar nas principais categorias e eventos que premiam os games no final do ano. É um jogo excepcional feito por uma equipe talentosa de desenvolvedores, que deve servir de exemplo para futuros jogos de aventura, ou mesmo outros gêneros.
Tomb Raider é mais que recomendado para os fãs da série, mesmo tirando muitos elementos de exploração dos antigos, quanto para aqueles que nunca jogaram nenhum game da franquia. Ele é divertido, surpreende a cada minuto de jogo e com certeza é um presente e tanto para nós gamers.
Prós:
O jogo mantém o bom ritmo, isso quer dizer que você não vai bocejar jogando ele, pelo contrário, a cada minuto você se surpreende com algo
Contras:
Plataformas: PC (versão analisada), PS3 e XBOX 360
Preço: R$ 59,00 (PC) e R$ 149,00 (PS3 e XBOX 360)
Publicado por: Square Enix
Desenvolvido por: Crystal Dynamics
Data de lançamento: 5 de março de 2013
Classificação indicativa: 17 anos
Publicado por: Square Enix
Desenvolvido por: Crystal Dynamics
Data de lançamento: 5 de março de 2013
Classificação indicativa: 17 anos
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